Tecnologia: Após anúncio sobre fim do trabalho remoto, Amazon gera debate no setor de tecnologia

A Amazon anunciou que, a partir de janeiro de 2025, seus funcionários terão que voltar ao trabalho presencial cinco dias por semana. A decisão, liderada pelo CEO Andy Jassy, vai na contramão da tendência seguida pela maioria das grandes empresas de tecnologia, que continuam a apostar no modelo híbrido ou remoto. A justificativa da empresa é que o convívio presencial fortalece a cultura corporativa e facilita a tomada de decisões rápidas, além de promover maior colaboração entre os funcionários.

Embora a pandemia tenha forçado muitas empresas a adotar o trabalho remoto, a Amazon já vinha reduzindo essa prática. A empresa começou a exigir que os trabalhadores retornassem ao escritório três dias por semana em 2023. No entanto, o novo mandato é mais rígido, estabelecendo o fim completo do home office. A Amazon é uma das poucas empresas entre as "big techs" a seguir por esse caminho; apenas cerca de 7% das grandes companhias do setor exigem presença total no escritório, de acordo com o Flex Index.

Essa política tem gerado reações mistas. Enquanto alguns defendem que o trabalho presencial melhora a criatividade e a interação entre equipes, muitos funcionários têm manifestado descontentamento, alegando que o modelo remoto aumenta a produtividade e melhora a qualidade de vida. Protestos internos já ocorreram em resposta a mudanças anteriores na política de trabalho remoto da Amazon, e essa nova decisão pode levar a uma perda de talentos para empresas que mantêm maior flexibilidade no ambiente de trabalho.

A medida coloca a Amazon em destaque, e resta saber se outras empresas seguirão o exemplo ou continuarão apostando no trabalho híbrido, que tem mostrado resultados positivos em termos de engajamento e retenção de funcionários.